segunda-feira, 11 de maio de 2009

Destino ou Fatalidade?


Do amor ela só conhecera a dor.

As desilusões e as decepções fizeram com que criasse sua própria armadura.

Já somavam mais de cinco anos que seus sentimentos estavam aprisionados, prometera a si mesma que jamais voltaria a amar! O amor sempre fora para ela uma dor latente.

Sua visão ainda estava embaçada, seus pensamentos ainda estavam perdidos e seus sentimentos ainda mais confusos.

Durante muitos anos manteve-se protegida, e por medo de sofrer evitou de todas as formas que seu coração participasse de suas decisões, manteve friamente a razão, controlando cada sentimento e evitando cada envolvimento.

Agora, ela não sabia dizer exatamente em que ponto havia perdido esse controle, mas seu coração a havia traído. E como um passáro ingenuo e desavisado foi pega pela armadilha do amor e aquela estranha dor novamente latejava em seu peito.

Sentia-se novamente frágil e como um castelo de areia sob a onda do mar toda aquela armadura havia se desfeito, estava vulnerável, completamente desprotegida.

Não sabia dizer se havia sido o sorriso que a encantava, a doçura com que a abraçava, o tom suve de sua voz ou simplismente o olhar que a desarmava, mas sabia que ele a havia vencido, que agora todo o seu mundo de proteção estava desfeito, sua alma estava novamente exposta.

Quem era ele? Como conseguira invadir assim tão sorrateiramente seus sentimentos? E agora, o que faria com essa conquista? Saberia controlar esse coração tão intenso? Aceitaria esse amor tão guardado e tão protegido? Eram tantas perguntas que seus pensamentos pareciam demais pra ela.

O medo de sofrer, de amar sem ser amada a faziam tremer. As noites de solidão agora estavam preenchidas pela angustia do nao saber. Estava tão assustada que não conseguia nem fugir, não sabia como evitar.

A única coisa que restava era fechar os olhos, pedir aos ventos que a protejessem e aceitar... mesmo sem saber se era amor ou dor...