sexta-feira, 28 de abril de 2006

Destino ...Blood Mary

Já passava das dez horas, aquela era outra noite em que seus desejos eram maiores do que sua vontade de permanecer sóbria e limpa.
Procurava lembrar-se de como sentia-se culpada, suja e até mesmo pecadora nas manhãs seguintes, mas a lembrança da sensação de prazer e saciedade era ainda mais viva!
Terminou seu banho, perfumou-se e colocou seu vestido mais sensual, olhou-se no espelho, estava infinitamente atraente e irresistível, isso era essencial!
Sentou-se na mesma mesa, o garçom já conhecia seu pedido: um BloodMary com duas doses de vodka!
Não não foi difícil despertar a atenção do atraente rapaz sentado do outro lado do bar, seu olhar era hipnotizante, em poucos minutos ele estava sentado ao seu lado.
Tinha um corpo atlético, aparência saudável, um sorriso doce e um olhar penetrante, mas ela não podia deixar de notar suas veias, eram fortes e salientes, e isso aumentava ainda mais seu desejo!
Depois de algumas horas e da última dose de absinto foi fácil convencê-lo de que ali não era o melhor lugar para estarem.
O quarto era luxuoso, os lençóis de cetim vermelho contrastavam com as pinturas de ar renascentistas penduradas na parede, seus corpos agora estavam suados, quentes, sua presa estava embreagada de prazer, e seu corpo exalava um cheiro que entorpecia seus sentidos! Foi então que seus olhos fixaram aquela jugular, pulsando tão forte que parecia a ponto de explodir! Até aquele momento ela havia se controlado, lutara com todas as forças até o último instante! Não podia mais resistir...
Seus brincos eram estrategicamente pontiagudos, perfurou aquele pescoço com tanta delicadeza e sensualidade que o jovem rapaz nem se importou com a dor, que naquele momento transformara-se em prazer!!
Estaziada, viu a imagem do sangue rubro manchar a pele, e como um animal sedento saboreou aquele nectar doce e quente, que parecia alimentar sua alma! Sentiu seu corpo encher-se de vida, aquele era seu momento de Nirvana!!!
Quando despertou na manhã seguinte, estava em sua cama, exausta e suas roupas sujas jogadas num canto do quarto faziam-na lembrar de que mais uma vez sua sanidade a havia abandonado....